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Todas as cores estão acordadas e batem palmas em “De cor”, da multiartista Lelena Lucas

De cor“, de Lelena Lucas traz a poesia da autora e multiartista mineira, que também criou todas as ilustrações desta obra surpreendente e tão expressiva.

Lelena conta que “De cor” fala de muitas coisas e tem as cores como fio condutor. “O livro foi escrito e concebido a partir de um dos dez subtítulos, Impressões em Vermelho. Esse subtítulo foi sendo composto, no princípio, sem intenção de ser desenvolvido para um livro”, revela a autora. “Mas foi a partir dele que a ideia tomou forma. E criei os textos e as ilustrações paralelamente”, diz.

“De cor revela motivos para alargar horizontes, fundir achados surpreendentes, traduzir o intraduzível, descomplicando a cosmovisão do achamento do Eu, do Outro, de todos. Um prodígio”, assim define um dos mais reconhecidos críticos literários do Brasil, Fábio Lucas, que também é pai de Lelena e um observador atento e severo da literatura. Ele escreve ainda: “De cor sem acento circunflexo. A ambiguidade integra o núcleo poético, não obstante a obra como uma unidade significante. Trata-se de uma peça lírica compacta, talvez a requisitar uma contemplação circular. Um só ponto convergente. Peça super cintilante. Todas as cores estão acordadas e batem palmas. Orgulho-me e fico feliz uma eternidade”.

Apesar da literatura estar no DNA de Lelena – além de filha de Fábio Lucas, sua mãe, Maria Luiza Ramos, foi professora emérita da área de Teoria da Literatura da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) – Lelena também é artista plástica e sua formação é na dança: ela é bailarina, coreógrafa e coordenadora da Corpo Escola de Dança (Grupo Corpo).

Todas essas influências estão presentes de uma maneira ou de outra na obra escrita de Lelena. Em “De cor”, os poemas tomaram cada cor como referência de sentimentos e observações. Assim, foi estruturada uma sequência baseada no arco-íris. “Nessa viagem pelas cores, eu falo de assuntos bem diversos. Mesmo as imagens cotidianas sugerem intensidades e convidam o leitor a derivações”, diz ela. E explica que nas “extremidades” da ideia das cores conclui-se o livro. “Não é um livro de poemas aleatórios apesar de cada um ter seu próprio sentido”.

O projeto gráfico foi feito em parceria com a designer Ana Bahia. As ilustrações foram feitas digitalmente – aquarelas e traços digitais. Lelena afirma que o trabalho com Ana Bahia foi fundamental para chegar numa composição final que não perdesse a ideia original. “Ela acrescentou muito com sensibilidade e técnica”, reconhece.

Lelena Lucas na Quixote-Do:

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